A saia-justa que jogadores da Juventus passaram com Trump: Irã, guerra e atletas trans

Samir Mello

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Os jogadores da Juventus demonstraram um excelente desempenho na estreia do Mundial de Clubes na noite dessa quarta-feira (18/06), quando a Velha Senhora goleou o Al Ain por 5 a 0. No entanto, o mesmo desempenho não foi visto mais cedo, quando alguns atletas da equipe italiana estiveram no Salão Oval da Casa Branca, convidados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os americanos Weston McKennie e Timothy Weah, além de Vlahovic, Koopmeiners, Locatelli e Gatti, além do presidente da Fifa Gianni Infantino e de Giorgio Chiellini, ex-jogador da Juventus e membro atual da comissão técnico do técnico Igor Tudor, estiveram na Casa Branca. 

O que era para ser um encontro entre atletas e o presidente para promover o Mundial de Clubes, acabou se tornando uma série de constrangimentos.

A Sporting News detalha a seguir os principais momentos da reunião.

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O que Trump disse para os jogadores da Juventus?

Com os jogadores, Infantino e demais membros da Juventus atrás de Trump, o presidente dos Estados Unidos aproveitou a presença da imprensa para falar sobre o conflito entre Irã e Israel.

— Não quero me envolver, mas eu venho falando há 20 anos que o Irã não pode ter uma arma nuclear. Falo isso há anos e acredito que eles ficaram a algumas semanas de ter uma. Eles tinham que ter assinado o acordo. Acho que eles gostariam de ter assinado agora. É muito simples: eles não podem ter uma arma nuclear. É muita devastação e eles usariam. Outros não usariam, mas eles sim — disse o presidente com os jogadores da Juventus de pé atrás dele.

Depois, Trump citou que a Juventus contava com dois grandes atletas americanos, mas não sabia quem eram Weah e McKennie. 

— Onde estão meus jogadores americanos? — perguntou Trump antes de cumprimentar a dupla.

Trump também abordou a questão de atletas transgêneros no esporte ao reclamar da gestão de Joe Biden. O político tentou perguntar a opinião dos jogadores da Juventus sobre o assunto, mas os atletas não se manifestaram. “Vocês estão sendo bonzinhos”, disse Trump.

— Uma mulher poderia jogar no time de vocês? Uma mulher conseguiria jogar? — insistiu Trump no assunto.

Com a nova falta de resposta, Damien Comolli, executivo da Juventus, respondeu: “Temos um time feminino muito bom”, ao que Trump retrucou: “Mas elas deveriam estar jogando com outras mulheres, não?”, ao que o dirigente desconversou e o presidente voltou a falar que seus convidados estavam “sendo diplomáticos”. 

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Samir Mello

Samir Mello é formado em jornalismo pelo UniCeub e tradução pela Universidade de Brasília (UnB). É mestre em tradução audiovisual pela City, University of London. No jornalismo, tem passagens pelo Jornal de Brasília, Correio Braziliense, Metrópoles e SBT. Está no Sporting News desde 2024.