Ex-presidente da CBF, José Maria Marin morreu na madrugada deste domingo (20/07), aos 93 anos. A causa da morte não foi divulgada.
O velório do ex-dirigente acontecerá na tarde deste domingo, em São Paulo. Marin estava internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Antes de ingressar no futebol, Marin, que era advogado, foi vereador e deputado estadual por São Paulo entre as décadas de 1960 e 1970. Nos anos 1980, foi vice-governador de Paulo Maluf e chegou a assumir o posto principal em 1982, quando Maluf foi disputar eleições. Ainda na época da ditadura militar, os governadores eram escolhidos por parlamentares alinhados ao regime em eleição indireta.
Foi neste período que deu os primeiros passos no futebol. Entre 1982 e 1988 presidiu a Federação Paulista de Futebol e, em 1986, foi chefe da delegação da Seleção Brasileira na Copa do México.
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🚨 José Maria Marin, ex-presidente da CBF (2012-2014), morreu aos 93 anos na noite de sábado (19) após passar mal e ser internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde não resistiu.
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A presidência da CBF de José Maria Marin
Marin foi presidente da CBF entre 2012 e 2015, após a renúncia de Ricardo Teixeira. Um período tumultuado, que culminou com a prisão do dirigente em 2015, na Suíça, após investigação do FBI sobre corrupção envolvendo a Fifa.
O dirigente foi levado aos Estados Unidos, onde foi julgado e condenado à prisão. Retornou ao Brasil em 2020, durante a pandemia do Coronavírus. Em 2023, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em São Paulo.
O atual prédio da CBF, na Barra da Tijuca, foi inaugurado em 2014, sob a presidência de Marin, que batizou o edifício com seu próprio nome, que aparecia na fachada. Marcos Polo Del Nero, sucessor de Marin, retirou o nome do dirigente. No lugar, agora, aparece a inscrição “Casa do Futebol Brasileiro”.
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O episódio da medalha roubada
Marin foi protagonista de um infame momento em 2012, dois meses antes de assumir a presidência da CBF. Durante a premiação da Copa São Paulo de Juniores, vencida pelo Corinthians naquele ano, o dirigente foi flagrado colocando no bolso uma das medalhas que seria destinada aos jogadores campeões.
A Federação Paulista de Futebol justificou que a medalha já estava destinada a Marin, mas um dos goleiros do Corinthians, Matheus, ficou sem o prêmio.
— É muito bom vocês (jornalistas) tocarem nesse assunto. É bom isso ter vindo à tona para que possa ser esclarecido de uma vez por todas. A medalha foi uma cortesia da Federação Paulista de Futebol (FPF). Não era para ter essa repercussão toda. Isso foi uma verdadeira piada. Enrolei e guardei. Se eu ponho no pescoço, iriam falar: ‘Esse cara não disputou [a final] e não é dirigente do Corinthians nem do Fluminense’— afirmou o próprio Marin, à época.
Matheus recebeu uma medalha da FPF após a festa do título.