O conflito entre Leila Pereira e Dudu ganhou novo capítulo nesta sexta-feira, 18 de julho, quando a presidente do Palmeiras fez novas críticas ao atacante e o chamou de covarde durante o julgamento na 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Leila prestou depoimento na manhã desta sexta-feira, pela denúncia contra o atleta por ofensas misóginas.
- Sofreu violência, tem que denunciar: porque esses agressores são covardes. A maior prova eu estou vivendo aqui. Que esse atleta me agrediu, me ofendeu, e cadê ele? Gravou um videozinho que deve ter lido no TP (teleprompter). Deve ter repetido 500 vezes pra ver se estava mais bonitinho. Não é? - disse a dirigente.
- Devia estar aqui. Vem aqui, vem encarar uma mulher. Mas não. É muito mais confortável estar sentado lendo lá no TP o que ele tem que dizer, porque eles são covardes. Eles gostam de agredir no privado, no máximo em rede social, mas que ele está protegido ali pela distância. Mas na hora de olhar no olho, eles não aparecem: então a gente tem que denunciar e expor esses agressores - completou.
Dudu não compareceu a sessão desta sexta-feira (18), no Rio de Janeiro, e gravou vídeo, que foi exibido no julgamento, o que gerou críticas da presidente do Palmeiras.
O jogador está sendo julgado no STJD por ofensas misóginas contra a dirigente, por meio de postagens nas redes sociais em janeiro deste ano, em que disse: "O caminhão estava pesado e mandaram eu sair pelas portas do fundo!!! (sic). Minha história foi gigante e sincera, diferente da sua senhora Leila Pereira (marcando o perfil da presidente). Me esquece. VTNC."
Posteriormente, seu advogado de defesa, José Eduardo Coelho Branco Junqueira Ferraz, justificou que o atacante está em viagem na Colômbia por conta de Bucaramanga x Atlético-MG realizado na quinta-feira pela Copa Sul-Americana.
A sessão ainda está em andamento na 5ª Comissão Disciplinar. Leila diz que havia inicialmente uma relação respeitosa com o atacante, e afirma não ter dúvidas sobre ter sido alvo de misoginia.
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Dudu x Leila Pereira: como a briga começou
O conflito entre Leila Pereira e Dudu começou em maio de 2024, quando o jogador foi anunciado pelo Cruzeiro após firmar um pré-acordo, mas voltou atrás e acabou seguindo no Palmeiras até o fim do ano, quando rescindiu contrato e, de fato, foi para a Raposa. Em janeiro de 2025, Leila afirmou publicamente que o atacante "saiu pela porta dos fundos", comentário que gerou forte reação por parte do atleta.
Em resposta, Dudu publicou em suas redes sociais: "O caminhão estava pesado e mandaram eu sair pelas portas do fundo!!! Minha história foi gigante e sincera, diferente da sua senhora Leila Pereira. Me esquece. VTNC.", marcando o perfil da presidente do clube.
Por conta da expressão "VTNC", Leila Pereira moveu processo contra Dudu no fim de janeiro e pediu R$ 500 mil em indenização por danos morais. Em 12 de abril, foi revelado pelo site "Nosso Palestra" que os advogados de Dudu alegaram que a sigla era a abreviatura de "Vim Trabalhar no Cruzeiro", não um xingamento. A defesa de Dudu teve 66 páginas e afirmou que o atacante sofreu assédio moral e psicológico na saída do Palmeiras.
Em entrevistas posteriores depois da troca de farpas, Leila reforçou o tom crítico e atribuiu as reações do jogador ao machismo. "Se fosse um homem, ele não teria coragem de fazer isso, como nunca houve na história do futebol brasileiro", disse. Em maio, voltou ao tema: "Não tenho dúvida que tudo o que esse atleta fez é porque sou mulher."
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