Achraf Hakimi pode ser julgado por estupro. O Ministério Público de Nanterre, na região metropolitana de Paris, formalizou nesta sexta-feira a acusação contra o lateral marroquino de 26 anos, pedindo que Hakimi seja formalmente acusado perante o tribunal criminal de Hauts-de-Seine.
O processo tramita desde 2023 e agora está na fase de decisão sobre levar o caso a julgamento. A decisão será tomada pelo juíz responsável.
A investigação foi aberta depois que uma jovem, na época com 24 anos, acusou o jogador de tê-la agredido sexualmente em sua casa, localizada na cidade de Boulogne-Billancourt, em fevereiro de 2023.
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Por que Hakimi está sendo acusado?
Segundo o Le Parisien , a suposta vítima de 26 anos (hoje) conheceu Hakimi pelo Instagram e visitou sua residência após mais de um mês de contato online.
A jovem relatou que Hakimi teria a beijado à força, apalpado seus seios sem consentimento e, em seguida, tentado forçá-la a uma relação sexual. De acordo com a vítima, ela conseguiu escapar da casa e pediu ajuda a um amigo para deixá-la em segurança.
A mulher relatou o incidente à polícia no mesmo dia, mas inicialmente não apresentou queixa formal. Posteriormente, ela enviou mensagens aos investigadores descrevendo seu trauma.
Hakimi foi colocado sob investigação formal por suposto estupro em 3 de março de 2023, após interrogatório e breve prisão preventiva. Ao longo do inquérito, ele negou as alegações, afirmando que fazem parte de uma tentativa de chantagem financeira.
— A verdade é que, quando se é bem-sucedido e as coisas correm bem, tornamo-nos um alvo fácil para certas pessoas. Isso me ensinou que não se pode confiar em muita gente à nossa volta. Queriam chantagear-me e foi por isso que apresentamos uma queixa — disse o atleta ao Le Parisien.
A defesa de Hakimi alega que a relação entre os dois foi consensual e afirma que a denúncia tem motivações financeiras. A possível abertura de julgamento por estupro deve ganhar novos desdobramentos nos próximos dias, após análise do juiz.
A pena mínima por estupro na França é de 15 anos de reclusão, podendo ser aumentada caso tenha agravantes.