Cristiano Ronaldo pode entrar nos EUA? O caso que pode complicar presença de CR7 no Mundial de Clubes

Karoline Tavares

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Os rumores da ida de Cristiano Ronaldo para um grande clube brasileiro com o objetivo de disputar o Super Mundial de Clubes deste ano continuam a todo vapor. Dessa forma, especula-se em qual das quatro equipes nacionais que irão disputar o torneio (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras) seria a candidata a contar com a superestrela na competição.

Porém, o jogador do Al-Nassr já enfrentou processos jurídicos nos Estados Unidos, onde será realizado o Mundial, que já o fizeram evitar a ida para o país por muitos anos.

Cristiano Ronaldo ainda passa por questões judiciais nos EUA? Ele é proibido de entrar no país? O Sporting News detalha o caso.

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Cristiano Ronaldo é proibido de entrar nos EUA?

Não há informações oficiais que indiquem que Cristiano Ronaldo tenha sido proibido de entrar nos Estados Unidos. Os rumores acontecem por causa das acusações de estupro vindas da ex-modelo Kathryn Mayorga, em episódio que teria acontecido em 2009, em Las Vegas.

Apesar de a situação ter gerado especulações sobre possíveis consequências legais para o jogador, as autoridades americanas não emitiram nenhuma ordem de restrição à entrada dele no país.

Além disso, o jogador foi alvo de um processo milionário nos EUA por participar de campanhas publicitárias da Binance, uma corretora de criptomoedas. A ação coletiva foi movida por investidores que afirmam terem sofrido prejuízos financeiros. A indenização buscada era superior a 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5 bilhões).

Em 2022, ele fechou uma parceria com a empresa para promover uma coleção de NFTs com a própria marca. Com isso, os investidores afirmam que o atleta incentivou os seguidores a investir em produtos da Binance, incluindo criptomoedas e serviços financeiros não registrados na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.

Outro problema foi que Ronaldo não teria divulgado da maneira correta os pagamentos recebidos, o que violaria as regras de transparência exigidas para influenciadores que promovem ativos financeiros nos Estados Unidos.

Cristiano Ronaldo evita ir aos EUA?

De acordo com o jornal estadunidense 'The New York Times', organizadores da International Champions Cup (ICC), torneio de amistosos disputada até 2019, decidiram excluir a Juventus da edição daquele ano nos Estados Unidos devido ao risco de prisão de Cristiano Ronaldo, cujo processo de estupro ainda estava em curso.

Como resultado, a Juventus participou da versão asiática da ICC, com jogos previstos na China e em Singapura.

A Juve refutou a versão do jornal, alegando que jogar na Ásia seria uma decisão estratégica, uma vez que o clube fez turnê pelos EUA nos anos anteriores.

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Cristiano Ronaldo na MLS?

Quando questionado se poderia retomar a rivalidade com Lionel Messi, do Inter Miami, na MLS, dos Estados Unidos, Cristiano Ronaldo rechaçou a ideia.

"Com certeza não vou mais jogar na Europa. Quero jogar na Arábia, como disse há seis meses", falou, em declaração dada em 2023. "Não, também não [jogaria na MLS]. Acho que na Arábia o campeonato é muito melhor que nos Estados Unidos".

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Relembre acusação de estupro contra Cristiano Ronaldo

A ex-modelo e professora americana Kathryn Mayorga abriu processo judicial contra Cristiano Ronaldo, acusando-o de tê-la estuprado em um quarto de hotel em junho de 2009, em Las Vegas, nos EUA.

Segundo o relato de Mayorga, os dois se conheceram em uma boate e, em seguida, foram juntos até a suíte onde o crime teria acontecido.

De acordo com a acusação, o jogador a teria forçado a manter relações sexuais contra a própria vontade. Pouco tempo depois, Mayorga procurou a polícia e passou por um exame de corpo de delito. Na época do crime, ela não identificou o português como o autor da agressão, alegando medo da repercussão e do poder do jogador.

O caso voltou à tona anos depois, após o site alemão 'Der Spiegel', com base em documentos vazados pelo Football Leaks, divulgar que Cristiano Ronaldo teria firmado um acordo extrajudicial com Mayorga no valor de US$ 75 mil em troca do silêncio da vítima e da assinatura de um termo de confidencialidade.

O atleta, por meio dos advogados, sempre negou as acusações, afirmando que o ato sexual foi consensual. Eles também argumentam que o acordo foi feito para evitar uma disputa legal prolongada e que não significaria uma admissão de culpa.

Em 2018, a mulher entrou com um novo processo civil, pedindo a anulação do acordo de confidencialidade, que teria sido assinado sob pressão emocional. O Departamento de Polícia de Las Vegas reabriu a investigação.

No entanto, em 2019, o Ministério Público de Nevada decidiu não apresentar acusações formais contra o jogador, por falta de provas conclusivas, e a investigação criminal foi encerrada.

Em 2022, uma juíza dos Estados Unidos rejeitou o processo movido por Mayorga, por suposta má conduta dos advogados dela, que teriam usado documentos confidenciais obtidos de forma inadequada para basear as alegações.

Karoline Tavares

Repórter do Sporting News BR. Também é repórter do NBB e autora do livro Passa a Bola para Elas. Foi social media do Peleja e do Canal Bandeja, produtora do NBB em Fortaleza, repórter do site Torcedores.com, comentarista no programa 5 Toques, da Rádio da Universidade Federal do Ceará e fez parte do projeto Ponta de Lança.