Brasil faz sete substituições: o que aconteceu? Pode ter punição?

Colaborador
Vinícius Perazzini
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A Seleção Brasileira fez sete substituições em vitória por 2 a 1 sobre a Colômbia, nesta quinta-feira (20/03). No futebol profissional, desde 2022 o número de trocas foi ampliado para cinco por time. Assim, a situação vista no jogo do Brasil é incomum.

Apesar do número inusitado de trocas, a Seleção Brasileira não fez algo proibido. As mudanças foram baseadas no chamado "protocolo de substituições adicionais por concussão". O Sporting News explica.

Sete substituições no Brasil: a resposta

A concussão acontece quando um jogador sofre uma pancada na cabeça. A equipe médica de cada time tem um cartão para atestar a concussão. Após avaliação, a arbitragem dá direito a mais uma troca além das cinco aos dois times. O time contrário ao do jogador que sofreu o problema também recebe o direito de fazer a mudança extra.

No caso de Brasil x Colômbia, os dois times ganharam direito a sete mudanças por que Alisson (do Brasil) e Davinson Sánchez (da Colômbia) se chocaram de cabeça. Assim, aconteceram dois protocolos de concussão.

O Brasil usou as sete trocas. A Colômbia terminou o jogo com apenas quatro mudanças.

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No futebol brasileiro, um caso de sexta substituição por concussão aconteceu no Brasileirão do ano passado, em clássico entre Fluminense e Botafogo. Nonato sofreu concussão e Felipe Melo entrou no Flu, sendo a sexta troca do Tricolor. Um minuto depois, o Botafogo fez a sexta mudança por estratégia, tirando Alex Telles e colocando Marçal.

O protocolo de concussão entrou em vigor no futebol mundial no dia 1º de julho de 2024.

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Substituições por concussão: regras

Princípios

  • Cada equipe pode utilizar no máximo um "substituto por concussão" por jogo.

  • A substituição por concussão pode ser feita independentemente do número de substituições já utilizadas.

  • Se o número de atletas inscritos como substitutos for igual ao número máximo de substitutos "normais" permitidos, um jogador previamente substituído pode ser utilizado como "substituto por concussão".

  • Quando uma equipe utilizar um "substituto por concussão", a equipe adversária poderá fazer uma substituição "adicional" por qualquer motivo.

Procedimento

  • A "substituição por concussão" pode ocorrer:

    • Imediatamente após a concussão ou suspeita;

    • Após avaliação em campo ou fora de campo;

    • A qualquer momento, mesmo se o jogador já tiver retornado ao campo.

  • A decisão da substituição deve ser comunicada ao árbitro ou quarto árbitro, preferencialmente com um cartão ou formulário de cor diferente.

  • Um jogador com concussão ou suspeita não pode continuar jogando, incluindo disputa de pênaltis, e deve ser encaminhado ao vestiário ou atendimento médico.

  • A equipe adversária será informada e poderá utilizar um substituto "adicional" em qualquer momento posterior.

Oportunidades de substituição

  • A "substituição por concussão" é independente do limite de oportunidades de substituição "normal".

  • Se uma equipe realizar uma substituição "normal" simultaneamente com uma "substituição por concussão", essa conta como uma de suas oportunidades normais.

  • Não é permitido usar a "substituição por concussão" para efetuar uma substituição "normal" caso todas as oportunidades normais já tenham sido usadas.

  • Quando uma equipe faz uma "substituição por concussão", a equipe adversária recebe uma oportunidade de substituição "adicional", exclusiva para o substituto "adicional".

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