O Corinthians vive uma crise fora de campo. Na noite desta quinta-feira (22/05), o presidente do Timão, Augusto Melo, foi indiciado pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro sobre o caso VaideBet. A informação é do repórter Pedro Ramiro, da Record.
Além do mandatário corintiano, Marcelo Mariano, Sérgio Moura e Alex Cassundé também foram indiciados. A pergunta que fica é: Augusto Melo será preso? Quais os próximos passos? O Sporting News mostra.
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Augusto Melo vai ser preso?
Com o inquérito finalizado pelo delegado Thiago Fernando Correia, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e da Terceira Delegacia Especializada em Lavagem de Dinheiro, o caso segue agora para análise do Ministério Público de São Paulo.
O promotor Juliano Atoji, que acompanhou as apurações e participou de diversas oitivas (mais de 20 testemunhos foram colhidos desde o ano passado), será o responsável por avaliar o relatório. Caso o MP entenda que há elementos suficientes, poderá apresentar uma denúncia formal.
Se a denúncia for aceita por um juiz, os quatro investigados passarão à condição de réus e o caso entrará na fase de processo penal, com direito à ampla defesa.
🚨Polícia Civil de São Paulo indicia Augusto Melo, Marcelo Mariano, Sérgio Moura e Alex Cassundé pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro sobre o caso VaideBet.
— Pedro Ramiro (@_pedroramiro) May 22, 2025
Quando vai ser o julgamento?
Ainda não há uma data marcada. Durante a tramitação do processo, serão realizadas audiências, interrogatórios e a oitiva de testemunhas. Ao final, o juiz responsável proferirá uma sentença, que pode resultar na condenação ou absolvição dos acusados.
Contudo, a decisão não é definitiva. Caso haja condenação, os réus poderão apresentar recursos em instâncias superiores, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF (Supremo Tribunal Federal), buscando a reversão da sentença.
O que é o caso "VaideBet"?
O caso "VaideBet" é uma investigação de supostas irregularidades no contrato de patrocínio entre a casa de apostas VaideBet e o Corinthians. O acordo, no valor de R$ 370 milhões dividido em três anos, foi anunciado em janeiro de 2024, mas foi rescindido no dia 7 de junho do mesmo ano por causa de suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro.
O repasse de valores da comissão de patrocínio da casa de apostas ao Corinthians por meio de intermediárias não autorizadas, incluindo empresas fantasma, é o alvo da investigação da Polícia Civil do Estado de São Paulo. O empresário Alex Cassundé, colocado como o intermediário da negociação, é suspeito de estar envolvido no esquema.
Até o momento, cerca de 20 testemunhas foram ouvidas sobre o caso, exceto Alex Cassundé. Dentre essas pessoas, estão Osmar Stábile, primeiro vice-presidente do Corinthians, e Luiz Ricardo Alves, ex-diretor adjunto do departamento financeiro do clube.
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